Matrix: Liberdade e Autonomia

O texto abaixo é um trecho do artigo contido no livro "ALÉM DA SINOPSE", escrito pelo Especialista em Sociologia e Educação Roberto Guimarães e por mim.



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AVISO: o texto abaixo contém SPOILERS.

O filme Matrix se tornou cultuado por suas impressionantes cenas de ação com técnicas de filmagem inovadoras e pelos conceitos filosóficos que as diretoras Lilly e Lana manejaram com maestria. Infelizmente não se pode dizer o mesmo dos outros dois longas-metragens que formaram sequência com esta obra-prima.

Mesmo com maioria de aprovações, o filme teve suas críticas. Foi curioso verificar, por parte do público, descontentamento em relação ao final, em que o escolhido Neo levanta voo na Matrix contando apenas com seus próprios “poderes” recém-adquiridos. O suposto absurdo, apesar de não parecer mais inverossímil do que entortar colheres com a força do pensamento, desviar de uma rajada de tiros (mesmo Remo, desarmado e perigoso, desviava apenas de um disparo por vez) ou ressuscitar, incomodou bastante alguns espectadores.

Para falar disso, precisamos retornar à trama. Neo vivia uma vida que poderia ser chamada “normal”, trabalhando numa empresa durante o dia e hackeando durante a noite até o momento em que Morpheus cruza seu caminho e lhe oferece a oportunidade de enxergar a vida como ela realmente é. Neo opta pelo conhecimento, a famosa pílula vermelha, e descobre a escravidão da humanidade, iludida por poderosos softwares – a Matrix – que impedem a mente de diferenciar a realidade e a virtualidade. Ignorantes de sua condição, os seres humanos haviam se resumido a meras baterias para alimentar as dominantes máquinas.